JAPÃO - O DESTINO DA MODA
- masf125
- 8 de out. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 12 de fev.

De repente, o Japão entrou com força nos roteiros de viagem e, ao lado queridinha Coreia, vem recebendo um fluxo grande de turistas. Invasão de europeus querendo conhecer novas culturas e sim, também de brasileiros que finalmente perceberam que a Ásia não é uma coisa complicada e inacessível, é bonita, receptiva e cabe muito bem nos nossos bolsos.
Conheci o Japão há alguns anos e voltei para lá recentemente. Fiquei surpresa com as mudanças que encontrei. Se antes, eu me sentia uma turista invasiva, agora fui abraçada. Mais à vontade do que na primeira vez, mas não conseguindo enxergar da mesma forma a sociedade e o tradicional que me chamaram tanto a atenção antes. No meio a muitos turistas, perdemos talvez um pouco do contato com aquela sociedade tão única, mas apesar disso, a experiência continua sendo muito boa.

Templos e mais templos, shintoismo, budismo, natureza e tradições. Viajar pelo Japão lhe coloca em contato com uma cultura diferente, regida pelo respeito ao próximo e incorporada pelos estrangeiros que visitam o país e que atualmente lotam seus pontos turísticos. Foi o tempo em que eu era a única ocidental em um vagão de trem em Tóquio. Hoje ouvimos vários idiomas em todos os transportes públicos.
Pensando na mudança que mais me surpreendeu, foi a da receptividade ao turista. Na primeira viagem, fiquei falando sozinha várias vezes quando perguntava alguma informação, agora todos se esforçam para lhe ajudar, os funcionários dos estabelecimentos comerciais e as pessoas nas ruas. O inglês está sendo mais falado e mesmo quando não, há a boa vontade da mímica ou do tradutor no celular. As pessoas saem até do seu trajeto para lhe indicar uma direção ou lhe levar ao ponto do ônibus que você quer pegar. Tudo muito mais fácil.

Sim, a viagem é bem longa e cansativa e o problema do fuso horário lhe pega de verdade, por isso tente passar o máximo de dias que puder por lá. Saia de Tóquio, não perca Quioto e procure conhecer outras cidades, há muitas opções. Os trens são rápidos, confortáveis, e as estações bem centrais. O Japão é seguro, sem problema você ficar andando com sua mala mesmo que esteja sozinho.
Se você gastar um pouco mais em sua passagem aérea, vai economizar nos hotéis desde que não se preocupe com pouco espaço. A rede hoteleira é boa, com diversas opções de preço mas sempre prezando pela limpeza e conforto nos quartos. Geralmente eles são pequenos, muito complicado se virar com as malas, mas são bem equipados e silenciosos, lhe garantindo um bom sono. Se quiser mais espaço vai ter que pagar mais por isso.

Em relação às passagens aéreas, programe-se com antecedência e procure. Há sempre alguma oferta aparecendo com um valor apenas um pouco maior do que uma para a Europa. Questão de paciência e disponibilidade.
Não há mais necessidade de visto para os brasileiros, despesa e trabalho a menos. Se não tiver ienes, leve dólares para troca. Infelizmente os cartões de débito, tão práticos, não são muito aceitos por lá e dificilmente você encontrará um caixa eletrônico específico para o saque. Quase todos os caixas eletrônicos, mesmo os com a bandeira de seu cartão de débito, não estão habilitados para as transações e mesmo nos hotéis e lojas é bem difícil você conseguir realizar os pagamentos.

E, antes de viajar, faça as contas dos seus deslocamentos no país e veja se vale a pena comprar o JR Pass que é o passe de trem com dias limitados para turistas estrangeiros. Ele só é vendido fora do Japão, então terá que comprá-lo aqui no Brasil pelo próprio site da JR. Tinha um preço muito bom mas teve um reajuste de 70% no valor, mesmo assim, dependendo do seu trajeto, pode ser vantajoso, lembrando que com ele você ganha muito em praticidade e pode usá-lo também nos trens JR urbanos. Trem é coisa cara por lá.

Para comer, muitas opções, todas de comida japonesa, não vai encontrar a diversidade de outros lugares. Os preços acabam sendo comparáveis ou até mais em conta que os nossos. E se quiser uma comida rápida ou fazer um lanchinho no hotel, tem lojas de conveniência em quase toda a esquina. Se encontrar pelo caminho um supermercado maior, não deixe de entrar. Encha o carrinho das guloseimas japonesas, biscoitos, salgadinhos, balas, não irá se arrepender. Se der de cara com um restaurante de sushi na esteira, também entre, não perca a oportunidade. E, como sempre, não perca os mercados, com várias opções de comidas que não conhecemos por aqui.
Há coisas irresistíveis, como entrar nas lojas de desconto e fuçar todas as prateleiras, encher a sacola de produtos de beleza para a pele e filtros solares, que por aqui são bem mais caros, ou entrar em uma loja de eletrônicos ou de eletrodomésticos para saber quais as novidades no setor.

Bom ter algum acesso a internet nas ruas para saber sua localização e roteiros dos transportes públicos. Eu usei a da Airalo. Um mapa offline também ajuda (citymapstogo).
Do moderno de Tóquio, com suas ruas e transportes lotados, à tranquilidade de pequenas cidades, o Japão surpreende. Não pela riqueza, mas pela simplicidade. Quem conhece o Japão, provavelmente terá vontade de voltar. Eu voltei.

Mais fotos no @blogmaisumaviagem no instagram.
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